quarta-feira, 23 de março de 2011

Radiografia da participação nas últimas eleições para Reitor da UFRJ: triste quadro que tende a agravar

Em 2002 três chapas disputaram e atraíram 13.453 eleitores. Foi a eleição de Carlos Lessa para o cargo de Reitor, mas depois de eleito ele deixou o cargo bem no início de seu mandato para assumir a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Tivemos, então, que realizar novas eleições.

Houve nova eleição em 2003, quando tivemos 16.469 eleitores na ocasião, tendo sido Aloísio Teixeira o escolhido para assumir seu 1º mandato.

Na última eleição a UFRJ tinha um conjunto de 61.212 eleitores e apenas 10.583 eleitores votaram, dando 9.413 votos (94%) à Chapa Única que concorreu. Nessa eleição Aloísio Teixeira conquistou seu 2º mandato, contra 614 votos nulos (6%) e 556 votos em branco (5%).

Do ponto de vista da participação dos três segmentos, os números foram tristes:
a) 63% dos professores votaram;
b) 45% dos funcionários votaram;
c) 10% dos alunos votaram.

Ou seja: apesar do eleitorado da UFRJ estar sempre crescendo, o número daqueles que vêm participando está em queda. As eleições têm motivado mais os professores, que se sentem mais incluídos no processo eleitoral, enquanto os funcionários e os alunos têm um nível de participação bem menor, provavelmente devido à exclusão do processo ser gritante.

O que vamos fazer diante disso aqui em Macaé?

Penso que o fundamental será:

1º) participar dos debates, mesmo que as regras não permitam manifestar a nossa VOZ e as perguntas tenham que ser entregues POR ESCRITO, conforme as regras adotadas no debate de ontem, na Praia Vermelha;

2º) participar da eleição votando, mesmo que sem opção decente tenhamos que votar EM BRANCO, ou ANULAR; pois pelo menos o nosso voto EM BRANCO ou NULO poderá levar as eleições para 2º turno, o que permitirá um pouco mais de debate e discussão de idéias e de amadurecimento do nosso voto;

3º) no 2º turno, aí sim votar no MENOS PIOR, entre os dois que sobreviverem...

Para finalizar, o VOTO EM BRANCO ou o VOTO NULO podem se constituir na arma mais eficaz para levarmos a disputa para 2º turno, segundo as regras aprovadas para a presente eleição, indicada por mim em postagem anterior.

Um comentário:

  1. Frente a estes candidatos, de discurso deveras medíocre, voto pelo voto nulo, que expressará nossa total insatisfação com as propostas apresentadas. Não podemos admitir, enquanto corpo discente, o desrespeito à nossa classe, um dos pilares mais fortes dentro da Universidade. Não podemos admitir, ainda, que a Assistência Estudantil seja encarada ou definida como quesito de segundo plano.
    Em 11, 12 e 13 de abril vote nulo ou branco e garanta um segundo turno com um DEBATE REAL e participativo.

    ResponderExcluir